Fragmentação do DNA espermático

26 mar, 2021

O espermograma é uma ferramenta essencial na avaliação da infertilidade masculina, mas ele ainda pode falhar na detecção de defeitos espermáticos sutis, por exemplo, a qualidade do DNA espermático. Assim, muitas vezes os espermatozoides apresentam uma boa motilidade, mas seu DNA pode estar comprometido e isso não ser diagnosticado.

Hoje, sabemos que quando ocorre a perda da integridade da cadeia do DNA, presente nos espermatozoides temos o que chamamos de fragmentação do DNA espermático que, quando presente em excesso, tem sido apontada como uma alteração que impacta no resultado de gravidez por reduzir a capacidade desses espermatozoides fertilizarem o óvulo e gerar um embrião viável.

A fragmentação pode ser decorrente de múltiplos fatores como: qualidade da alimentação, uso de drogas, temperatura testicular elevada, poluição, fumo e idade avançada. Podendo ser avaliada por um exame complementar ao espermograma conhecido por teste de fragmentação espermática, o qual é recomendado em algumas situações específicas como casais com aborto de repetição sem uma causa conhecida, casais com falhas de implantação após tratamentos de fertilização in vitro e homens com alterações graves no sêmen.

A coleta da amostra é feita da mesma forma que o espermograma e o laboratório irá analisar o índice de fragmentação presente, ou seja, determinar a porcentagem de espermatozoides que têm essa quebra no seu DNA, sendo que, quanto maior a porcentagem de gametas nessa condição, maior a probabilidade de impactos negativos para a gestação.

Nas situações em que a fragmentação é causada por maus hábitos, é possível reverter os danos ao se controlar o fator causador do excesso da fragmentação e os resultados do exame voltarem a ser considerados dentro do esperado. Assim, nesses casos, alguns pacientes podem se beneficiar, por exemplo, de tratamentos com anti-oxidantes, como vitaminas C e E.

Texto Escrito por Darlete Matos

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