A biópsia embrionária prejudica o embrião?

20 ago, 2024

O procedimento de biópsia tem como objetivo diagnosticar nos embriões a existência de alguma doença genética ou cromossômica antes de dar continuidade ao processo de transferência embrionária. A técnica consiste na retirada de algumas células do embrião para então enviar essa amostra para laboratórios de genética onde serão avaliados o risco de alterações genéticas e cromossômicas.

Esse teste detecta transtornos genéticos ou anomalias genéticas tendo por objetivo evitar a transmissão de enfermidades ou condições hereditárias. Com esse exame, casais com chances de gerar filhos com problemas genéticos como Síndrome de Patau, Síndrome de Edwards, Síndrome de Down, distrofia muscular, hemofilia, entre outras anomalias genéticas, podem diagnosticar antes mesmo de transferir esse embrião para o útero da mãe.

Após o casal passar pela fertilização in vitro, os embriões que chegarem ao 5° ou 6° dia de desenvolvimento, fase em que são chamados de blastocistos, terão algumas poucas células retiradas pelo embriologista. Essas células contêm material genético que serão analisadas para detectar possíveis anormalidades no embrião.

A biópsia embrionária não é realizada em todos os tratamentos de Fertilização in Vitro, sendo recomendados somente em algumas situações como: idade materna avançada, cariótipo alterado, doença genética na família e aborto recorrente dentre outros. O que percebemos é que é unanime entre os pacientes a dúvida: Existe risco para o embrião¿

Com o avanço tecnológico a eficácia do procedimento está cada vez maior, porém, existe sim um pequeno risco de que o embrião seja danificado durante a tecnica, apesar desses riscos serem muito baixos, correspondem a 5% dos casos e estão relacionados com a qualidade do embrião e habilidade do embriologista, por isso a importância de buscar sempre um bom laboratório e profissionais capacitados.

Darlete Matos

Embriologista Senior