JUNHO, mês mundial da conscientização da infertilidade

02 jul, 2020

Junho é considerado o mês Mundial da Conscientização da Infertilidade e tem como objetivo informar e esclarecer homens e mulheres sobre o tema.

A infertilidade atinge aproximadamente 15% da população (Organização Mundial da Saúde), ou seja, um em cada cinco casais apresentam problemas para engravidar, precisando de ajuda de um profissional especializado. As causas de infertilidade estão igualmente distribuídas entre homens e mulheres, cerca de 35% em cada, além de um percentual que se refere à infertilidade por causas desconhecidas.

A idade avançada da mulher (acima de 35 anos) é um dos principais fatores associados à dificuldade de engravidar, porque a quantidade e qualidade dos óvulos diminuem. A endometriose também está associada à infertilidade feminina, que acomete cerca de 10 a 15% das mulheres. Outras causas também estão associadas a infertilidade feminina, como: síndrome dos ovários policísticos (SOP), dificuldade de ovulação, desequilíbrio hormonal e infecções.

As causas masculinas também exigem atenção quando falamos sobre conscientização da infertilidade, e a principal delas são alterações relacionadas ao sêmen: diminuição na concentração e/ou motilidade de espermatozóides e alteração morfológica. Entre elas estão varicocele, azoospermia (ausência de espermatozóides no ejaculado), infecções seminais, criptorquidia, obstruções do epidídimo e disfunções hormonais.

Atualmente as técnicas de Reprodução Humana Assistida (RHA) são promissoras e possibilitam, inclusive homens que apresentam azoospermia, consigam ter filhos. Naturalmente, a probabilidade de um casal engravidar, num único ciclo menstrual está entre 15 e 20%, implicando em que, mesmo em casais com fertilidade comprovada, a maior chance é de não engravidar. Em técnicas de RHA as chances chegam em torno de 55% de gravidez.

Não podemos deixar de falar sobre os tratamentos de câncer que podem causar infertilidade. Pesquisas indicam que 78,8% dos pacientes de câncer se preocupam com a fertilidade. Há diversas estratégias para preservação da fertilidade, sendo importante o paciente ser bem orientado por seu oncologista a procurar um Centro de Reprodução Assistida antes de iniciar o tratamento com quimiterápicos. Atualmente, o método de congelamento (sêmen, óvulos e embriões) é seguro e eficaz.

Preservar a fertilidade significa adiar o momento da gravidez, sem deixar a oportunidade passar.

 

 

Texto elaborado por Sarah Nachef