Distúrbios do sono podem impactar na qualidade oocitária
18 abr, 2022
Estudo realizado na China com mais de 1.200 mulheres submetidas a fertilização in vitro mostrou que “características insalubres do sono” como sono noturno curto, tempo de sono inadequado, má qualidade do sono e dificuldade em adormecer – podem inibir a quantidade de oócitos, seu potencial para maturidade e fertilização. Foi demonstrado que mulheres que dormiam menos de sete horas por noite tiveram menos ovócitos de fertilização in vitro recuperados (-11,5%) e de qualidade inferior do que aquelas que dormiam de sete a oito horas, sendo também observado uma taxa de fertilização 20%.
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https://www.focusonreproduction.eu/article/News-in-Reproduction-Sleep
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systematic review. Fertil Steril 2021; 115: 715-730.
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2. Yao Q-Y, Yuan X-Q, Liu C, et al. Associations of sleep characteristics with outcomes of IVF/ICSI treatment: a prospective cohort study. Hum Reprod 2022;
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3. Correia KFB, Farland LV, Missmer SA, Racowski C. Fertil Steril 2022; 117: 539-547.
doi.org/10.1016/j.fertnstert.2021.11.014
No entanto, a análise curiosamente descobriu que as mulheres que dormiam de nove a dez horas por noite tinham uma chance menor de gravidez clínica do que aquelas dentro da duração de referência do sono, refletidas em uma razão de chances ajustada de 0,65. Além disso, as fortes associações positivas entre duração do sono e taxa de fertilização, número de oócitos recuperados e embriões de boa qualidade e taxa de gravidez só foram evidentes em mulheres com mais de 30 anos ou naquelas com má qualidade de sono relatada – sugerindo assim que um efeito da duração do sono noturno na implantação e gravidez clínica é modificado pela idade. Mas, ao contrário de alguns outros estudos, esta análise não encontrou nenhum efeito adverso do trabalho por turnos na implantação e na taxa de gravidez.
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